terça-feira, 11 de novembro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

disse-o nário


o tecto é onde vive a cabeça
o chão é onde te pisam os calos
a porta é por onde escorre a esperança
a janela é por onde entra a ilusão
o passeio é por onde se atropelam os olhos
a estrada é por onde correm as mágoas
a luz é por onde vê a cegueira
a escuridão é por onde vêm os iluminados
o chapéu é onde guardas as ideias
o pensamento é onde escondes as palavras
entre dentes é onde trauteias a mentira
entre as mãos é onde escondes as emoções
em ti é onde assenta a carapuça
na sombra do que és. longe do que já foste. num caminho sem retorno do que poderias ser...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Peixe..inho!


lá vai o peixe balão
inchado e pimpão
cheio de pompa e circunstância
ilusionista de profissão
faz-se crer maior do que é
faz-se crer poderoso. sabichão
sonha-se o rei do alto mar
sonha-se dominador e ditador
julga-se capaz de tudo. dono de todos
vive na ilusão
sonha-se entre a multidão ajoelhada
entre ovações e reverencias
sonha-se e incha...incha...incha
mas cuidado peixe balão
és frágil. pequenino. insignificante
não cresças muito porque não há espaço.
onde nadas não é alto mar ... apenas ... um simples alguidar!
Haja paciência para quem se julga mais do que é...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

frases desfeitas...














onde comem dois, comem tudo.
quem faz a cama, deita-se e dorme.
muito riso, goza-se alguém.
quanto mais alto se sobe, mais os outros são pequeninos.
quem tudo quer, todos pisa.
quem espera, fica a ver.
quem parte e reparte, joga em cara o que deu.
quem tem boca, corta na casaca.
quem vai á guerra, dá e foge.
grão a grão, engana-se o pato.
quem avisa, trabalha nos ctt.
em casa de ferreiro, a fome é a dar c'um pau.
nem tudo é preto e branco, a não ser que sejas cão.
haja paciência para o mundo ao contrário...

sábado, 12 de abril de 2008

caminhos turtuosos por escadas direitas


pela sombra da escada vão as pernas. sentindo cada degrau passo a passo. sentindo cada vazio degrau a degrau.
pela sombra das paredes vão as mãos. amparando a caminhada. sentindo cada ruga. cada saliência.
pela sombra do tecto vai o olhar. adivinhando a escalada. sentindo cada movimento. buscando cada linha de luz.
pela sombra do silêncio vai a boca. cantarolando cada som. recebendo cada eco.

a cada caminhada vai o corpo. preso a cada alma. completo. repleto.
a cada caminhada vamos nós. respirando firmezas carregadas de duvidas e medos.
a cada caminhada vamos nós vivendo. verdadeiramente vivendo...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

o tempo não pára - Cazuza



Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Cazuza

sábado, 5 de abril de 2008

melancolia fadada


deu-se em fado o manel. não por descobrir sua alma lusa. essa já a tinha e sabia. mas por se dar á melancolia. dessa que moi cá dentro. dessa que desperta as mágoas passadas. que faz explodir o peito e rasgar a carne. que faz os olhos razos de água e a voz em nó na garganta.
deu-se em fado triste e ritmado. ao ritmo do coração partido.
deu-se em fado viajado. daqueles que se parte para mais tarde voltar.
deu-se em pesadelo e agonia. insónias. apatia.
deu-se por fim em ódio e soldado de armadura.
jurou não mais se dar...jurou não mais...
como a dor e o amor se confundem por andarem de mãos dadas. parece que a tal melancolia tem por nome maria...
haja paciência para o medo de repetir o risco...

domingo, 30 de março de 2008

Mãos cheias de nada


como se fosse fácil viver com quase nada. olhar em volta e ver vazio. caminhar sozinho em estrada deserta.
como se fosse fácil galgar as pedras do caminho. respirar a aridez da vida.
como se fosse fácil trazer o rosto tisnado de suor e lágrimas. cansado de labuta e mágoas. mal tratado de fome e cansaço. como se fosse fácil...
de repente ao vermos que parece fácil, somos nós, que vivemos sem pensar em quase nada, que ficamos envergonhados por achar díficil viver com quase tudo...
ai compreendemos que somos sozinhos no caminho...
Haja paciência para quem fica vazio para os outros...

terça-feira, 25 de março de 2008

Fados

lisboa vive no fado. nas pessoas que se arrastam. que se seguem. nos bairros tipicos. nos gatos aos parapeitos. nas varinas de canastra.

lisboa vive no fado. nos santos. nos marialvas. nas tascas. no jaquinzinho. no bairro alto. na maresia. no santo antónio. nas calçadas. nas avenidas. nos monumentos. nas ruas e vielas. no tejo. no cristo rei.
o fado vive e respira. tem rosto.rostos. tem voz. vozes. tem almas...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Presente passado


como cada gota de água que corre nos rios sem sequer parar um segundo a sentir as margens. assim somos nós. no minuto futuro já não somos presente. já somos passado. tudo o que fazemos teve impacto agora mesmo. neste presente futuro que é já... o passado da humanidade...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

S. Valentim - O Dia do Amor


Durante o governo do imperador Claudius II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Claudius acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentine e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor.

Valentine foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C.


Viver em prol do amor. morrer por acreditar no amor. amor - tão simples e tão complexo. nem sempre se encontra ao virar da esquina. mas porque quando viramos as esquinas estamos mais preocupados em não bater com a cabeça na parede...


Haja paciência para o medo de amar...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Recomeços

Quando a tristeza nos abraça. o céu escurece. a terra assombra-se. os rios param a contemplar as margens. o mar deixa de desaguar contra as rochas. a natureza sustem a respiração e aguarda... aguarda que a nossa alma se recomponha. que a tempestade passe. que chegue a bonança. e com ela a esperança. assim, quando ela chega, a tristeza solta-nos dos braços. a nossa alma abre os olhos para a vida e todo o ciclo é recomposto. os rios seguem o seu curso. o mar volta ás suas correntes. a natureza volta a respirar vida. a tristeza serve para isto. para nos dar novo folêgo. para nos preparar para o que tem de vir... o resto da vida. o recomeço a cada abraço...


Haja paciência para o medo de chorar...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sem (cem) palavras

Como é magnifico falar em silêncio. não dizer palavra e trocar longas conversas. não ouvir um som e reter inúmeras melodias. não olhar em volta e reter belas paisagens. como é magnifico comunicar com a alma. viajar tempo e espaço, sem barreiras, e encontrar pontos perdidos da existência. entrar portas fechadas e descobrir recantos guardados. como é impagável levarmo-nos em grandes viagens internas. percorrer o nosso ser. a nossa existência. percorrer o ser dos que amamos e descobrir que cada dia o amor cresce. multiplica-se. e o amor em nós, por nós enche-nos a alma. tira-nos o folêgo. limpa-nos as trevas. encaminha-nos nas estradas vazias. sombrias. nos trilhos dificeis. nas barreiras da vida.
Como é magnifico ficar em silêncio. o silêncio ruidoso do mundo (im)perfeito que nos rodeia...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Prepotentes. Incompetentes. Impotentes


Haja paciência para a prepotência dos imcompetentes que se julgam detentores da verdade e da sapiência.
Haja paciência para mentes pequenas. sombrias. que perdem tempo com jogos de leva e trás. com jogos de "puxa o tapete". com jogos de medição de pilinhas.
Haja paciência para os impotentes frustrados que invejam a potencia dos outros e que minam o que funciona (ou pelo menos deveria).
Haja paciência para a falta de respeito pelos outros. para a amargura da vida. e para a frustração contida em cada prepotente impotente que, por ser incompetente não saberá trabalhar para a própria felicidade...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Rodar ou escolher...




Já dizia a minha avózinha: quem muito escolhe pouco acerta! com isto ponho-me a pensar na dificuldade que temos em fazer escolhas. a escolha. em definir o que se quer e seguir esse caminho. lutar pelos nossos sonhos. normalmente a nossa atitude perante a vida é andar á roda sobre nós próprios e não trilhar um caminho.
acho que o reflexo disto é a quantidade de rotundas que existem nas nossas estradas... cruzamentos para quê? decidir se vamos para a esquerda ou para a direita? não. vamos entrar numa rotunda e andar á roda enquanto estivermos confortáveis. aquilo dá tonturas. qd estivermos suficientemente enjoados paramos e encostamo-nos a uma qualquer pedra do caminho. ficamos ali á espera que alguém passe e nos leve a reboque. se ninguém passar que se lixe! deixamo-nos ficar...pronto assim se perde uma imensidão de tempo. o tempo que dura uma vida. acho melhor começarmos a acordar e tomar posições se não passamos a vida nas rotundas. tá-se mesmo a ver para que é que elas são construidas. a certo ponto damos por nós, quais perús bêbados, a aceitar tudo sem dar por nada...
Haja paciência para o que quiserem...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Usa a maçaneta pá!

ora cá estamos á porta. á porta fechada. de porta fechada. ninguém entra ninguém sai. ninguém (se) vê. ninguém (se) fala. assim ninguém (se) chateia. impossivel! ninguém se cruza. ora assim estamos. eu cá, vocês lá que é para não haver misturas. isto de misturar faz mal. a ressaca é maior. a gente tem de pensar e o cérebro já não funciona. queres entrar cá deste lado? usa a maçaneta que eu já atendo. se ninguém aparecer dá meia volta e bate a outra porta que aqui... esmolas só á quinta-feira.


Haja paciência para as pessoas que têm medo de se cruzarem com os outros...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Pontes

Nada está perdido... para cada margem vazia há uma ponte de ligação. pontes que nos ligam aos outros. a nós próprios. aos lugares (cá e lá). á vida. a condição humana não é ser mau ou bom. é ser um todo. somos unos em cada margem e a ponte é a ligação a estes dois lados. se soubermos abraçar cada margem, saberemos com certeza aceitar melhor a nossa condição. ter a liberdade de escolher. ir e vir. optar. esse é o nosso livre arbitrio. que se façam as pazes com a humanidade sabendo que cada ponte pode mudar o mundo...que se façam as pazes connosco próprios sabendo que as nossas pontes nos levam a nós. ao melhor de nós. aos outros. assim não haverá margens onde não se chegue. basta querer. basta que nos queiram...

Haja paciência para a indiferença...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

elogio à parvoice

devia inventar-se um novo conceito. o QP - Quociente de parvoice. não estão sempre a dizer que o mundo é dos espertos?! está na hora de mudar este mito. vamos fazer do mundo um mundo de parvos. quem tiver um qp mais elevado passa a gerir lugares de destaque. pegando no exemplo dos nossos "socialites" onde existe a maior concentração de parvoice, vemos que têm feito mais pelo país do que, por exemplo, o grupo de espertos que gere o próprio. logo a parvoice compensa. não paga imposto, não faz má figura, ou pelo menos não tem consciencia. amigos, vamos todos deixar de ser burros e passar a ser simplesmente ... Parvos!

K tal esta parvoice???

Haja paciência

Para lá da barra...chegado a casa




...sei que és aí. sei que brilhas. cintilas. danças á velocidade da luz. fazes magia para os perdidos. apaziguas os achados. és luz. caminho. és a certeza do descanso chegado a bom porto. são e salvo. no teu lugar plantado. no inicio do mar. no fim da terra. és farol. o nosso farol. da humanidade. que seria de nós sem uma estrela guia. o que seria de ti sem navegadores. seguidores. crentes e esperançados...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

domingo, 13 de janeiro de 2008

Não disse nada...espero que tenham ouvido!



Não vos disse!? Mas vocês sabem. Amo-vos. Há muito que ancorei o meu barco neste cais. não me viram!? aqui estou, desde sempre. Aportei. a vós. para vós. se nunca vos disse. sei que ouviram. sei que sabem. nem sempre se pode falar. desorganiza. tira-nos o calo. a capa. e não pude. agora posso. mas já sabem...já sabiam. Quando desaportar e soltar amarras levo o coração cheio. também sei, mesmo que o não digam. sou amada. fomos amor. somos amor. somos eternidade...
Não é preciso mais nada!

Regras básicas para ser amado


Chegar de mansinho. sentar-se no colo. começar a dança dos sentidos. olhar profundamente nos olhos do outro e dizer: - estou aqui a ver quem és. sentir o cheiro do outro e dizer: - estou a absorver a tua essência. sentir o toque, a pele e dizer: estou a partilhar o teu calor, a misturá-lo com o meu. ronronar bastante e dizer: - como é bom ser amado. como é bom amar.
partilhar a mais profunda inocência. viver aquele momento como único. precioso e dizer: - estás entranhado em mim. não te esquecerei jamais. mesmo que não mais te veja estás aki, estou aki.
é tão fácil!
se os animais conseguem, porque é que para a humanidade é tão dificil...
Haja paciência...

olhares


Assim. sem palavra. na berma da estrada. na berma da vida. como quem trás mensagem mas ao mesmo tempo não tem nada para dizer. ou nós não somos capazes de ouvir. assim. como quem quer chegar perto mas a distância entre os saberes é tão grande. tão grande que a berma da estrada, a escassos metros, transforma-se num oceano de medos e ao mesmo tempo de vontade. vontade de ver, ouvir, sentir. a natureza sabe o que faz. o acaso, caso seja com caso, será novamente a berma da estrada. ou a própria estrada.
Há olhares que não se esquecem...
haja paciência...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Olá 2008


É só para dizer olá ao novo ano...
OLÁ